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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

#óculosdegrau Miopia, Astigmatismo, Hipermetropia tem cura? Cirurgias Refrativas

Olá pessoal, como vocês estão?
Esse é o segundo post da série #óculosdegrau, e dessa vez irei falar sobre Cirurgia Refrativa.
Logo que fiquei sabendo que precisava usar óculos, que fui na consulta com o oftalmologista (contei um pouco sobre isso, no último post da série) a primeira coisa que pensei, foi: 
- 'Ok, mas vou ficar 'refém' de um óculos ou de uma lente pelo resto da vida?'

O grau do problema de visão que for, sempre muda. E, muda pra maior, nunca pra menor. Ou seja, a situação só piora.
Então, vamos à algumas perguntas que eu mesma me fiz e pesquisei, me informei e agora sei as respostas:

  1. Mas, se o grau sempre aumenta, pra que usar óculos? 
Para diminuir a proporção desse aumento. Sem o óculos, obviamente você enxergaria mal, e iria aumentar bem rápido seu grau.
     
    2.   Essas doenças têm cura?
Sim, felizmente tem cura! Existem cirurgias que prometem zerar o grau de Hipermetropia, ou Miopia e/ou Astigmatismo.

  • Primeiro, vamos falar do significado de 'Cirurgia Refrativa'.
Cirurgia refrativa é qualquer tipo de cirurgia ocular feita com o objetivo de melhorar o estado refrativo do olho e diminuir ou eliminar o uso de óculos e lentes de contato.
Agora, vamos ver como é feita a cirurgia.

  • Vamos os tipos. Existem 3 tipos mais utilizados, que são:
As técnicas Lasik, ILasik e PRK. A Lasik é feita com um aparelho chamado microcerato. Ele corta fisicamente (com uma fina lâmina) a região ao redor da pupila e levanta a córnea recortada para que o laser corrija o grau.

A técnica mais comum, por ter uma recuperação cirúrgica mais rápida, é a ILasik, que consiste em recortar com laser uma ‘tampinha’ que recobre a pupila e então aplicar o laser específico para a correção do grau. 
Tanto a técnica Lasik como a ILasik são indicadas somente para pacientes que têm de 4 até 9 graus de miopia, dependendo da curvatura e da espessura da córnea. Depois disso, o resultado não fica bom.
Já a PRK é uma técnica que raspa a córnea, em vez de cortá-la. Se raspa apenas as células do epitélio, que é a primeira camada da córnea, com um bisturi específico para o olho. O paciente não pisca e é anestesiado. A técnica é indolor. Depois de raspar o epitélio, é só enxugar a córnea com uma esponja e aplicar o laser, que é o mesmo usado nas técnicas Lasik e ILasik. Após a correção, o médico coloca uma lente de contato gelatinosa, que permanece até 72hrs no local, para a recuperação do epitélio.

  • Ok, mas é uma cirurgia no olho! Quais são os riscos?
A primeira camada da córnea, o epitélio, tem um alto poder de regeneração. Ele sempre se regenera, não existem casos de que não tenha se regenerado. Normalmente essa camada se recompõe em 48 horas. Quando acontece um trauma na córnea, entre dois ou três dias ela está totalmente recuperada. Não existe o risco de uma pessoa ficar cega fazendo a cirurgia. O oftalmologista Alfredo Tranjan explica, para entrevista com a iG (de onde pesquisei grandes partes dessas informações) que, “Fazemos uma série de exames para saber se o olho é sadio. Além de ver o grau, medimos a pressão do olho, verificamos se a retina está íntegra e se não existem outras anomalias dentro do olho. Se tudo estiver sadio, é seguro operar”. 

  • Ta, mas vão praticamente levantar um 'pedaço' da minha córnea na cirurgia. Mas, e se ela sair do lugar depois? E se descolar?
“É muito raro descolar, precisa acontecer um trauma muito forte no olho, porém pode acontecer em qualquer época da vida, mesmo anos depois da cirurgia. Nos últimos 20 anos só vi dois casos, em pacientes que praticavam esportes radicais.”, conta Tranjan. Mas, o descolamento tem concertoÉ só repor na mesma posição, porém o período de recuperação vai variar de 15 a 20 dias. 

  • E os requisitos? Qualquer um pode fazer?
O requisito básico é a idade, é preciso ter no mínimo 21 anos. Ter passado pelos exames para ver se o olho não tem nenhuma anomalia. Ter o grau estabilizado. E estar há ao menos três dias sem usar lentes de contato, pois elas alteram a curvatura da córnea e com isso impedem  oftalmologista de mensurar o grau correto. Ter pesquisado sobre tudo,  visto a real necessidade da cirurgia com seu médico. Ver os riscos, tudo. Se o seu médico aprovar, pronto, tudo certo.

  • E o pós-operatório? Vou poder voltar a fazer tudo?
 Primeiro, não se pode coçar os olhosExiste o risco do flap cicatrizar errado ou literalmente enrugar, caso a pessoa esfregue o local. Se isso acontecer, será preciso voltar ao médico, que lavará, hidratará e colocará o flap na posição normal. "O olho não foi feito para ser coçado. Se coçar o olho no pós-operatório imediato, vai atrapalhar a cirurgia. Está tudo frágil, ainda não está aderido. Pode ser que tenha que esperar o epitélio se regenerar de novo.", diz o Doutor. Todo mundo que opera acaba nunca mais coçando o olho, de tanto temor. As pessoas fazem compressas geladas e a coceira passa. E, a recomendação médica é que, após a cirurgia, o paciente fique 30 dias sem entrar no mar e sem ir à academia.  

  • Já ouvi falar sobre o olho seco depois da cirurgia, o que é?
 Antes de qualquer coisa, você precisa ver a real causa do olho estar seco, pode ser doenças, ou apenas do pós-operatório mesmo. Existem duas causas para olho seco. Uma delas é uma doença, e a pessoa deve fazer o teste de Schirmer para medir a quantidade de lágrimas. Se for insuficiente, não indicamos a cirurgia. Outros podem ter olho seco por conta de uma doença na pálpebra, a blefarite. Essa doença altera a composição da lágrima, mas é tranquilamente curada com pomadas e xampús. No caso do olho seco pós-operatório, Tranjan explica que, como a curvatura da córnea é alterada, existe uma distribuição diferente das lágrimas na superfície do olho, uma situação que dura de 30 a 90 dias. Depois disso, tudo volta ao normal. Os médicos receitam colírios de lágrimas artificiais nesse período.

  • E se a visão piorar novamente, o 'problema' na vista voltar?
 Esse problema era mais comum nos lasers antigos, pois o tipo de aplicação não era personalizado para as características individuais de cada paciente. “Hoje em dia é muito difícil de acontecer. Trocamos pelos lasers da nova geração há um ano e meio”, diz Tranjan. 

É isso, gente. Espero que tenham gostado, e que eu tenha tirado todas as possíveis dúvidas de vocês. Tem alguma pergunta mais extensa, ou mais pessoal, alguma sugestão, crítica? O email: contatoagc@hotmail.com está a disposição! Respondo no mesmo dia, o mais rápido possível. E os comentários também.
Beijos, Laura <3

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